sexta-feira, 17 de junho de 2011

EDUCAÇÃO. Por, Daniel Horovitz.

"A educação é para a alma o que a escultura é para um bloco de mármore".
Joseph Addison.

A educação é, sem dúvida, um dos direitos mais importantes da na vida de um indivíduo. Em países em que os índices de educação são maiores a pobreza e os níveis de criminalidade, consequentemente, seguem o mesmo caminho. No Brasil, esse direito da população – dever do Estado – vem sendo muitíssimo negligenciado por parte do governo, o que, como exposto acima, faz com que o Brasil nunca chegue aos índices de desenvolvimento humano tão almejado e faz com que nossa população, por conseguinte, fique completamente despreparada.
O importante a se pensar é que, por mais que a educação seja tida como algo importantíssimo e crucial unanimemente, ela, dificilmente é promovida e incentivada por parte do Estado. Obviamente, uma população ignorante e despreparada é muito mais facilmente controlável e subjugada pelo poder político. Quando o povo não é educado pelo Estado, em tempos de capitalismo selvagem como estes, ele não possui grandes expectativas para o futuro e, consequentemente, cria-se uma imensa massa de mão de obra desqualificada e barata para as grandes empresas. A situação só mudará no dia em que a educação e a saúde no nosso país deixarem de ser luxos para se tornarem prioritárias. Imaginem, por exemplo, se filhos de políticos fosse obrigados, pela lei, a estudar em escolas públicas. Não há a menor dúvida de que, em menos de um ano, as mesmas sofreriam uma completa reestruturação e, da mesma forma uma imensa injeção de incentivos por parte do governo. Ainda que isso seja utópico, não custa sonhar.
Mesmo que a educação no Brasil – e em vários outros países do mundo – seja um problema, é válido lembrar que ela não o é somente para aqueles que não a possuem, mas também para os que têm a possibilidade de estudar. O formato da educação no mundo é totalmente voltado para o trabalho, para a indústria, para o mercado. O estudante, desde o momento em que entra em uma escola é preparado para sair dela e servir ao mercado de trabalho e não para pensar, refletir e criticar aquilo que está estudando. Isso fica claríssimo ao se prestar atenção na classe média brasileira, por exemplo. Tais famílias colocam seus filhos de escolas particulares, em cursos de línguas e em esportes, mais isso não faz com que seus filhos desenvolvam o espírito crítico que tanto faz falta em nosso país. Por isso sou contra a reforma da educação. Sou a favor de uma revolução no ensino.
Em suma, num país em que a educação é carente não só para a classe baixa, como também para a classe média, não há que se esperar, por exemplo, sucesso e progresso para o país no período de eleições. Cada vez mais os índices de analfabetismo funcional crescem e o gosto pela leitura diminui por parte daqueles que, felizmente, tiveram a chance de estudar. Irônico, não? Quem não consegue estudar deseja isso com todas as suas forças e muitos daqueles que têm essa oportunidade, não se importam.

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