domingo, 12 de junho de 2011

Impostos. Facada no bolso do brasileiro. Por, Adriana Ielmini.




Se existe um consenso, no Brasil, é de que a carga tributária cobrada pelo Estado é altíssima. Ela afeta tanto o bolso dos trabalhadores como a indústria nacional, já que reduz a competitividade dos produtos nacionais frente aos estrangeiros. Além de onerar financeiramente as diversas classes da sociedade brasileira, o sistema tributário brasileiro se mostra arcaico, complexo (uma diversidade de tributos) e ineficiente do ponto de vista econômico e social. Um reforma tributária é fundamental para o país alcançar um nível de desenvolvimento equiparável aos das nações mais desenvolvidas do mundo.

Ao longo dos anos, o aumento desenfreado dos gastos governamentais foi sendo compensado por elevações e mais elevações dos impostos e pela criação de novos tributos. Enquanto a renda dos trabalhadores foi sendo abocanhada pelos diferentes governos que se passaram, os serviços públicos, que deveriam ser a contrapartida para esse aumento explosivo da carga tributária, foram se deteriorando. Hoje, o povo brasileiro paga um nível de impostos absurdo por um serviço público de péssima qualidade.

Mas, não foram apenas os trabalhadores que sofreram com a elevação da carga tributária ao passar das décadas. O segmento produtivo também foi penalizado, já que os impostos fazem com que os produtos brasileiros fiquem mais caros do que os estrangeiros. Com isso, se tornam menos competitivos, reduzindo os ganhos da indústria nacional. Além disso, o sistema brasileiro produz diversas ineficiências como a bitributação e a guerra fiscal entre os estados, o que afeta entre outras coisas novamente a competitividade da indústria local e a melhor a distribuição de renda entre os diversos entes da federação.

O fato é que uma reforma tributária séria e profunda depende de um pacto entre as diversas esferas de governo, algo que parece bastante improvável, já que alguém terá que abrir mão de uma fatia de arrecadação. Por isso, qualquer mudança dependerá de uma pressão maior da sociedade civil, o que mais cedo ou mais tarde será imprescindível para o desenvolvimento

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