Medicina e nanotecnologia Por, Hamilton Wilson.

A Nanotecnologia é a ciência que estuda estruturas com dimensões entre 1 nanômetro e 100 nanômetros. Para se ter uma ideia o quão pequeno são esses números, deveríamos juntar oitocentas partículas de 100 nanômetros para atingir a espessura de um fio de cabelo.
Cientistas tem estudado e desenvolvido experiencias com nano partículas há mais de um século, mas esse trabalho sempre foi prejudicado pela impossibilidade de observar essas estruturas em detalhe. Nas últimas décadas, com o desenvolvimento da tecnologia ótica, foram construídos microscópios que permitem observar partículas tão pequenas como os átomos. A possibilidade de se observar materiais e nanoestruturas, abriu um campo imenso de de possibilidades para inúmeras áreas, incluindo a medicina.
O tratamento do câncer, por exemplo, tem recebido uma atenção especial dos cientistas. A maioria dos efeitos colaterais em tratamentos como a quimioterapia são resultado da impossibilidade de restringir a atuação das drogas somente nas células comprometidas. Pesquisadores americanos lograram exito em juntar um RNA (ácido ribonucleico, responsável pela síntese de proteínas das células), cujo diâmetro é de 10 nm, a nanopartículas inoculadas com drogas quimioterápicas
Como as células cancerígenas atraem o RNA, este encontrar uma dessas células adere-se a ela e liberando a droga. Esta forma de controlar a forma com que as drogas e medicamentos são aplicados tem enorme potencial no tratamento de pacientes com câncer, com maiores chances de exito e com reduzidos efeitos colaterais.
Os que sofrem com as radioterapias, poderão em um futuro não muito distante fazer uso da técnica envolvendo RNA/nanopartículas, que geram elétrons quando expostas ao raio x. Ao aderir a células cancerígenas essas partículas ao liberarem elétrons destroem as células cancerígenas nas quais aderiram, reduzindo os danos aos tecidos não afetados pelo câncer
Inúmeras outras pesquisas estão sendo desenvolvidas com a nanotecnologia como: cremes para aplicação em machucados e queimaduras que impedem o surgimento de infecções, nanopartículas para uso em exames de imagem que permitem a identificação de tumores em estagio inicial e os nano robôs capazes de reconstituir células doentes.