domingo, 12 de junho de 2011

Medicina e Saúde. Prevenir é melhor que remediar. Por, Adriana Ielmini.



É melhor prevenir do que remediar. Esse é um dos bordões mais populares do país, mas infelizmente ele é pouco praticado pelos gestores de saúde pública no Brasil. Poucos estados e municípios implementaram até agora programas voltados para a medicina preventiva. Ao invés disso, as emergências dos hospitais públicos continuam superlotadas e com um péssimo atendimento.

No entanto, alguns governos já perceberam que a opção por programas do tipo Médico da Família torna, no logo prazo, o custo do sistema público de saúde mais barato, já que a tendência é que menos pessoas precisem ser atendidas e as que precisarem de atendimento estarão em situações melhores. Assim, os hospitais ficariam focados no atendimento emergencial, reduzindo os atendimentos desnecessários ou aqueles que poderiam ser feitos por um posto ou médico familiar. Obviamente isso reduz as elevadas despesas dos hospitais e públicos.

Além disso, a medicina preventiva ajuda a melhorar a qualidade e a eficiência do sistema. Primeiro, porque, como próprio nome diz, ela reduz a freqüência com que as pessoas ficam doentes. Segundo, evita que as pessoas acessem de maneira desnecessária o serviço público (hospitais de grande porte) quando elas poderiam se medicar em casa ou num posto médico. Com isso, as filas se tornariam mais curtas nos hospitais públicos, o atendimento iria melhorar, além é claro de gastos menores para os governos.

No estado do Rio de Janeiro, o governo estadual e a prefeitura apostam nos médicos familiares, nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e nas clínicas da família. Como dito anteriormente, os resultados não virão no curto prazo e, por isso, é preciso dar tempo para programas desse perfil. Além disso, a prefeitura vem apostando numa gestão mais profissional da saúde pública.

O sistema público de saúde, em grande parte do Brasil, é caótico e precário. A necessidade de investimentos aumenta a cada dia. É claro que existe um déficit de hospitais, mas o investimento em medicina preventiva é uma boa alternativa já que tem custos e resultados de longo prazo melhores.

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