domingo, 12 de junho de 2011

Violência. Por, Ludmila Navarro de Andrade Jeolas.

Todos nós questionamos , onde vamos parar com toda esta violência que presenciamos diariamente! Ela é vivida nas escolas pelos mais novos, nas ruas com assaltos frequentes que nos deixam inseguros e desconfiados, nos estádios de futebol, todos os dias nas noticias e até, camuflada ou não, dentro dos lares, a chamada violência doméstica... 
De onde ela vem então? Porquê que nós vemos as crianças ainda tão pequenas e já a apresentarem sinais visíveis de violência e prazer em agredir o outro? 

Muitos pais contentam-se com a resposta “é dos filmes que veem na TV”, mas será que é isso mesmo? Então porquê que uns gostam e só veem esses mesmos filmes e outros, tendo também acesso a eles preferem ver outros? Parece ser uma necessidade que vem de dentro, e, um de nós procuramos, mas para outros passa completamente despercebido. 
Então será que uns nascem assim, com a apetência para desenvolver comportamentos agressivos e outros não? Também não faz sentido. Seria a mãe natureza assim, tão cruel? Talvez fosse mais simples resolvermos a questão com: ” ... a origem está na TV, ou nas companhias ou uns nascem assim e outros não,...” 
Mas voltando ás crianças, e aos nossos filhos em particular, com os quais nos espantamos como é que tão pequenos, já parecem saber tão bem aquilo que querem, porque se impõe e se for preciso fazem uma birra tal que quem acaba por ceder são os pais! Será que isto tem de ser assim? Será a criança a referência da autoridade num lar? Ou estará ela apenas a “cumprir o seu papel de criança” experimentando os limites do adulto até ao infinito? Pois é... Parece então que os nosso filhos, com estas atitude infantis e imaturas, próprias da sua idade cronológica, estão mesmo a pedir um BASTA; alguém que esteja presente de modo autêntico e que com firmeza lhe diga:...” para, além daqui não passas!”. Ora, quando isto não acontece, porque estamos cansados, exaustos, fartos e só queremos mesmo é descansar a cabeça depois de um dia cheio de trabalho ; a criancinha vai “explorando terreno que não é o seu”, e ela vai querer mais... e mais... e mais...Quanto mais tarde intervirmos, mais difícil será “pôr lhe um travão”. 
Não poderá ser também assim que as pequenas faltas de respeito, não resolvidas na hora certa se tornarão VIOLÊNCIA mais tarde? 
São perguntas que ficam no ar, com o propósito da reflexão individual, que parece que nos falta..., Refletir no que fazemos, nas nossas atitudes... o impulso imediato é projetarmos as nossas ansiedades e preocupações sempre para “fora de nós”, como se as soluções para a paz interior estivessem no exterior. Reparem na contradição! 
Então andamos insatisfeitos e infelizes em busca de um bem-estar superficial e efêmero. E as frustrações crescem e procuramos mais ainda para colmatar as lacunas, num stress descontrolado onde existe tudo menos calma e tranquilidade... 
Com este panorama das nossas vidas interiores, como não andará o exterior cheio de dores, sofrimentos, angústias e desesperos???

Nenhum comentário:

Postar um comentário